Desafios proporcionais
Um saltitante ser aquático, comedor de algas e farelo de pão, sempre teve planos maiores e mais ambiciosos do que ficar naquele minúsculo aquário monótono no qual seu dono o deixava.
A atraente visão da janela, representando para nós apenas árvores secas e uma estrada escaldante, era um paraíso cobiçado aos olhos do dono de barbatanas ansiosas.
Seu dono, confinado em um cubículo, trabalhando todo segundo e esgotando cada energia que possui, observava o aquário enquanto descansava atirado no sofá. Como ele almejava o sossego e a despreocupação que um aquário proporciona aos seus habitantes.
Parece até que a vida, independente de sua forma, cria desafios proporcionalmente exatos para cada tipo de ser.